sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O conjunto não faz sentido

Não estou de acordo com a minha amiga Maria. Não há nenhum mal nisso. Ainda bem, digo eu. Mal seria se fosse sempre o contrário.

Só vi a segunda parte contra o Horsens. Ao que dizem, foi a parte que jogámos melhor. Mas o que vi não me impressionou. Os rapazes dinamarqueses são muito fraquinhos. Quando passavam do meio-campo, o máximo a que conseguiam aspirar era tocar três vezes na bola. Na melhor das hipóteses, à quarta perdiam-na.

Os golos foram mais obra do acaso do que outra coisa qualquer. É verdade que muitos dos golos assim são. Só que para nosso descanso, gostaríamos de os ter visto resultar de jogadas com princípio, meio e fim.

Continua tudo bem e, simultaneamente, tudo mal. O guarda-redes e a defesa parecem dar garantias. O Gelson é um bom trinco. O Elias está cheio de pilha e farta-se de recuperar bolas e de as transportar para frente. O problema é quando se chega lá. O Carrillo é excelente e o Capel também. O Wolfswinkel sabe marcar golos. Podia afirmar que a culpa é do Adrien, que não tem rasgo no momento da decisão. É verdade que não sabe rematar com eficácia, que não faz, com a frequência devida, passes que colocam o avançado na cara do guarda-redes, que não sabe fazer aquela simulação ou aquela finta que, de repente, deixa uma defesa, a um tempo compacta, completamente esburacada. Agora, o rapaz não tem essas qualidades mas tem outras (que, porventura, o recomendavam para outras posições).

Mas é muito mais do que isso. Nenhum dos jogadores é mau. Cada um dos sectores, coletivamente, não funciona mal. Só que, por fim, o conjunto parece não fazer sentido.

6 comentários:

  1. Concordo no geral com o que diz. Vi o jogo todo e nunca senti estar a ver uma equipa mas sim um conjunto de 11 bons jogadores contra uma equipa digna da 2º divisão B em Portugal...

    TB

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  2. Caro Rui Monteito
    Gostei dos golos e da vitória mas não acho que tenham feito mais do que a obrigação deles e continua a faltar muita coisa.
    Neste caso confirma-se o velho aforismo de Churchill que diz que os problemas da vitória são mais agradáveis do que aqueles da derrota, mas não são menos difíceis.
    SL

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  3. Concordo, acho que é uma postura bem mais realista. Nem ontem éramos bestas, nem hoje somos bestiais, ainda há muito que trabalhar para podermos mesmo chegar ao título, não me parece é que seja com o Sá Pinto.

    SL

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  4. A cada jogo do nosso clube:

    - Fico com a sensação que os nossos jogadores não treinam. Não existe uma única jogada que inclua os 3 sectores e quando se tenta, é tudo em esforço e demasiado óbvio.Ontem perdi a conta aos passes falhados(com a novidade de agora se fazerem passes quando o receptor está de costas), perdas de bola infantis(nisso Carrilo é o campeão)....isto tudo num jogo contra uma equipa de nivel distrital.

    - O guarda redes do Sporting tem mais bola que muitos jogadores de campo.

    - O nosso jogador mais competente e intenso neste momento, é um miudo de 21 anos e chama-se Cedric. Gelson também me surpreendeu.Tivesse Carrilo a mesma vontade e seria um caso sério.

    - Total ausência de competitividade, de ambição e força colectiva. Tudo resumido, e se nada se alterar (direcção ausente), mais um ano em que á sexta jornada estaremos a pensar na próxima época.


    Desculpem, mas este Sporting é patético!

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  5. A cada jogo do nosso clube:

    - Fico com a sensação que os nossos jogadores não treinam. Não existe uma única jogada que inclua os 3 sectores e quando se tenta, é tudo em esforço e demasiado óbvio.Ontem perdi a conta aos passes falhados(com a novidade de agora se fazerem passes quando o receptor está de costas), perdas de bola infantis(nisso Carrilo é o campeão)....isto tudo num jogo contra uma equipa de nivel distrital.

    - O guarda redes do Sporting tem mais bola que muitos jogadores de campo.

    - O nosso jogador mais competente e intenso neste momento, é um miudo de 21 anos e chama-se Cedric. Gelson também me surpreendeu.Tivesse Carrilo a mesma vontade e seria um caso sério.

    - Total ausência de competitividade, de ambição e força colectiva. Tudo resumido, e se nada se alterar (direcção ausente), mais um ano em que á sexta jornada estaremos a pensar na próxima época.


    Desculpem, mas este Sporting é patético!

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  6. ...e ao contrário do conjunto de que fala, desse colectivo, tudo o que o Rui disse faz todo o sentido:
    Dinamarqueses toscos, cada jogador leão a fazer o que lhe compete (e somente neste jogo...) mas a soma das partes claramente inferior ao valor destas. A laranja é espremida e dá pouco sumo para gomos até bastante promissores. É uma pena!

    No dia a seguir ao jogo com o RA interpelei a sua amiga de forma cordial e apelei-lhe para deixar os sentimentalismos para outra altura pois o momento não me parecia o mais adequado, embora respeitando inteiramente o seu sentir; e apresentei-lhe alguns factos ilustrativos como o Slalom do jogador do RA no golo, bem como o número exorbitante de faltas cometidas vs. Sofridas pelo SCP em contraste com uma posse de bola massiva. Como tal é possível ainda para mais a jogar em casa?
    E a verdade é que o jogo de ontem foi novamente em casa com 62% de posse de bola, um jogo mais do que simplificado, com espaço para trocar a bola, progredir, marcar e ainda assim com mais faltas cometidas (14) do que sofridas (11) pelo SCP. Pode ser isto normal numa equipa que joga bom futebol e quer ser candidata a ganhar algum troféu? Não. Isto tem que mudar, ou os dissabores vão ser grandes ao longo da época.
    E não estou contar com factores que nos prejudicaram bastante o ano passado e que este ainda não nos influenciaram por aí além: as lesões (o maior flagelo da época passada) e de algum modo as arbitragens cirúrgicas em alguns jogos.
    Se a isto ainda tivermos que contar com falta de treino de sistema táctico alternativo, burrice nas substituições, etc... o caldo está mesmo entornado.
    Bom esperemos que não! E que a falta de sentido que o colectivo do SCP demonstra e que tanto o Rui, como eu e outros tantos Sportinguistas detectam seja apenas uma deficiente leitura da nossa parte daquilo que andamos a observar desde o início da época
    SLeoninas

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