domingo, 6 de março de 2011

“Quo vadis” Paços de Ferreira?

Hoje, contra o Beira-Mar, foi um pouco melhor. Jogámos só com um trinco, metemos mais jogadores na frente e conseguimos controlar o jogo no meio campo do adversário. Evitámos, pelo menos, a humilhação de ver mais uma equipa do meio da tabela para baixo a dominar-nos em Alvalade, trocando calmamente a bola no nosso meio campo.

Foi melhor, mas as jogadas saem sempre em esforço. Junta-se à falta de jogo colectivo atacante, a falta de confiança de alguns jogadores, que são uma tremedeira permanente, e a ineficácia dos avançados. Dou comigo a ver o jogo e a perguntar-me quem é que, daqueles todos, poderia marcar um golo. O Torsiglieri num cabeceamento? O Matias num livre directo ou num remate de fora da área? Quem?

O árbitro resolveu esta minha angústia. Desta vez veio uma encomenda do Porto, num gesto de solidariedade que só lhes fica bem. Marcou um daqueles penalties da moda. Ninguém sabe qual é o critério. Dantes praticamente não se marcava um penalty por mão na grande área. Depois, começou-se com uma teoria que se os jogadores abrissem os braços e assim, mesmo que não tivessem intenção de jogar a bola com a mão mas tão-somente cortar uma linha de passe, era penalty. Esta teoria tem dado para todas as arbitrariedades.

Gostei muito do André Santos. Não tem o arcaboiço físico que gosto nos jogadores que jogam naquela posição. Mas correu muito e passou a bola sempre com acerto. A bola quando chega ao Matias chega a porto seguro. Sabemos que a partir dali pode-se iniciar uma jogada de ataque consequente. Ao fim de quarenta jogos, lá compreendemos que o Torsiglieri é o melhor central. Custou mas foi.

Ficamos à espera do Paços de Ferreira. Agora que renovaram com o treinador e a imprensa o considera o Mourinho da temporada 2010/2011, ou muito me engano ou vão começar a asneirar.

(Preferia falar do Obikwelu e da Naide. Mas as coisas que verdadeiramente importam devem ser tratadas com outro tempo)

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