quarta-feira, 2 de março de 2011

“Por cada leão que cair, outro se levantará”

[Fado]
Estamos cansados de saber que “se uma coisa está mal, só pode ficar pior”. É fatal e no que toca a fatalidades o Sporting dificilmente tem par. Aquilo que noutro qualquer clube é simples, com os de Alvalade é sempre tortuoso e sofrido. Goste-se ou não, é desse fado que se faz a mística leonina no Século XXI. Um fado construído com momentos épicos: chegar à final da UEFA, para depois a perder em casa; remontar 0-1 ao Rangers, para ser eliminado depois da hora; perder o campeonato na Luz a cinco minutos do final. Um sem fim de momentos memoráveis.

[Fátima]
Com o Sporting se algo pode correr mal, vai mesmo correr mal. Se há poste, a bola bate no poste; se há penalty, falha-se o penalty; se o árbitro se pode enganar, é connosco que se engana; se alguém se pode lesionar é quando menos convém que isso vai acontecer. O infortúnio é tão certo que um dia até levaram um padre ao velho Estádio de Alvalade para benzer a baliza. A adversidade é tão bizarra, que só quando alguém se lembrou de levar a Nossa Senhora de Fátima ao Vidal Pinheiro, é que se acabou com o jejum de 18 anos sem campeonato.

[Futebol]
O que o benfiquismo tem de delírio bipolar o sportinguismo tem de cepticismo. Com os primeiros toda patranha medra – feliz expressão para tratar do clube em questão – com os segundos de toda a certeza se dúvida. Da mesma forma que todo o Benfiquista tinha por certo que hoje se jantava frango em casa do Roberto, todo o Sportinguista sabia que se não fosse depois da hora era no último penalty. O povo tem uma bela máxima para estas coisas: “todos as cabrões têm sorte”. A realidade teima em confirmar a sabedoria popular.

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