terça-feira, 5 de outubro de 2010

O prelúdio do fim



O prelúdio nº4 da op.28 de Chopin é uma das peças mais tristes que me foi dado ouvir. Quem é que não se consegue emocionar com ela? Vêm-nos à cabeça todas as imagens do passado. Mas vêm-nos com uma sensação de perda. Vêm-nos como um caminho para o fim.

Este foi o meu estado de espírito ontem, depois do jogo com o Beira-Mar. A sensação de uma completa e absoluta perda. A sensação de caminharmos num plano cada vez mais inclinado.

Quando é que tudo isto começou? Quando é que tudo isto começou a acabar? Não foi ontem. Ontem foi quando vimos o fim. Não foi quando contratámos aquele rapaz que passa por nosso treinador. É uma irrelevância e, como irrelevância que é, mais cedo do que mais tarde será despedido. Não foi quando saiu o Paulo Bento. Muito menos com a entrada dele. Ele prolongou o “requiem”, mas a cerimónia estava em marcha.

Quando é que nos conformámos? Quando é que desistimos? Quando é que aceitámos o fim?

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